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13.9.10

Coluna Jornal do Triângulo ED#18

O sonho acabou. Acredito que essa será a coluna mais difícil de escrever, não só pela derrota, mas por todo envolvimento e esperança que a seleção brasileira de basquete trouxe ao coração dos torcedores.

Gosto Amargo. No dia da Independência do Brasil (7 de setembro), a seleção entrou em quadra para um jogo de “classificação ou morte”. Do outro lado, nossos vizinhos argentinos disputariam conosco a última vaga nas quartas de final do mundial. Infelizmente, mais uma vez, deu Argentina. 93 a 89

Rivalidade. Tanto o Brasil, quanto a Argentina entraram em quadra como se o jogo valesse o título da competição. Foi uma partida dura, empolgante e cheia de emoção. Digna da rivalidade existente entre brasileiros e argentinos.

Detalhes. Não posso ser hipócrita e dizer que o Brasil jogou mal ou que está tudo errado. Jogamos de igual para igual, estivemos a frente do placar várias vezes e não seria nenhum absurdo se tivéssemos saído com a vitória. Mais uma vez, perdemos nos detalhes.

Precipitação. Esse foi o detalhe para nossa derrota. Assim como no jogo contra os EUA, precipitamos ataques e marcações defensivas, justamente nos momentos mais importantes. Méritos para a Argentina que soube se aproveitar dos lapsos de nossos jogadores e conseguiu sair com a vitória.

Luís Scola. Rubén Magnano, treinador brasileiro, sabia que era impossível parar Scola. Por isso, trabalhou a defesa brasileira para diminuir a efetividade do argentino na partida. Não deu certo. Luís Scola tinha uma média de 29 pontos por partida no mundial. Contra o Brasil, o argentino anotou 37.

Precipitação defensiva. Várias vezes ao longo da partida, Scola arremessou livre, sem ao menos um jogador brasileiro fazer a chamada sombra. Se o argentino é o cestinha do mundial, joga na NBA e está acostumado a ter um alto aproveitamento de acerto com marcação dupla, alguém achou que ele iria errar arremessando livre?

Precipitação ofensiva. Assim como aconteceu no jogo contra os EUA, em alguns momentos da partida o Brasil escolheu o ataque errado. Arremessos de longa distância, sendo que ainda tínhamos 20 segundos de posse de bola, arremessos forçados com um ou dois companheiros livres, infiltrações desnecessárias com os cinco jogadores argentinos plantados dentro do garrafão. Se cada uma dessas situações tivesse sido evitada uma vez no jogo, seriam sete desperdícios a menos e alguns pontos a mais. Sairíamos com a vitória.

Futuro. Apesar da derrota e da desclassificação, como escrevi no início da coluna, não adianta achar que tudo está errado. Estamos no caminho certo para a renovação do basquete brasileiro, mas é um caminho longo, árduo e estamos apenas no início certo. Agora é torcermos pelos jogadores brasileiros no NBB, NBA e nos campeonatos europeus. Ano que vem tem o pré-olímpico das Américas valendo a tão sonhada vaga nas Olimpíadas. Esse será o verdadeiro teste para Rubén Magnano e seus comandados.

Quartas de finais. Apesar da desclassificação brasileira, o mundial continuou. No dia 8, jogaram Sérvia x Espanha, com placar final de 92 a 89 para a Sérvia, e Turquia x Eslovênia, que terminou em 95 a 68 para a Turquia. Dia 9, foi a vez de Estados Unidos x Rússia, com resultado favorável para os Estados Unidos (89 a 79) e Lituânia x Argentina, que terminou em 104 a 85, eliminando o time argentino.

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