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26.10.08

Tecnico campeao lamenta falta de apoio

Único esporte coletivo campeão dos Jogos de Interior de Minas (Jimi), representando a cidade de Uberaba, o basquete feminino mais uma vez demonstrou sua força para conquistar o hexacampeonato.

Com o título, o time uberabense, que há muito vem se destacando e mostrando sua força em níveis estadual e nacional, ganha forças para continuar na luta por apoios que possibilitem à equipe voltar à disputa do Campeonato Brasileiro, competição em que o time conquistou o vice-campeonato na temporada 2006/2007 e que, por problemas financeiros, ficou fora na temporada 2007/2008 e não disputará a temporada 2008/2009.

Mário Fernandes de Oliveira Neto, conhecido como Marão, técnico da equipe, comemora o bom desempenho de suas atletas e ao mesmo tempo lamenta a falta de apoio do poder público e do setor privado para com o esporte. De acordo como técnico, a equipe, com média de idade de 18,3 anos, voltou com a sensação de dever cumprido. "Estamos com um time renovado e a minha grande satisfação é que são atletas que trabalham comigo desde os dez, onze anos, e eu as vi crescer dentro do esporte", comentou, ressaltando que a estrutura montada e a seriedade do grupo já credenciavam o time ao título. "Montamos um time para disputar as competições e não só para passear. Além disso, não trouxemos atletas de fora, como muitas equipes fazem e isso valoriza ainda mais a nossa conquista", completou.

Porém, a alegria dá lugar à frustração quando o assunto é a ausência do time no Nacional de basquete. Para o treinador, se houvesse um pouco mais de vontade política o time não precisaria ficar fora da competição. "Iniciamos um projeto na tentativa de buscar parceiros para o próximo ano. Nossa intenção é mostrar aos empresários a importância de unir a marca ao esporte e ao poder público, que isso valoriza ainda mais o nome da cidade. Sabemos jogar, só precisamos de apoio", frisou. Marão aproveitou para lembrar casos como o da cidade de Ourinhos, no interior paulista, onde a prefeitura negocia com os seus próprios fornecedores o apoio ao time de basquete da cidade. "Se um fornecedor vende 100 mil para a prefeitura todos os meses, ele não colocará objeções em ajudar o time, com 10 mil mensais. Haja vista que se não o fizer outro vem e faz", esclareceu.

De acordo com Marão, pela cultura do país, muitos preferem ajudar os clubes de futebol, mesmo que isso não signifique retorno para empresas e, principalmente, para a cidade. Ele lembra o caso da temporada 2006/2007. "Naquele ano, tivemos dez jogos transmitidos pela ESPN Brasil e Internacional, todos no horário nobre em dias de terça-feira, sábado e domingo. Todos sabem quanto custa para anunciar nestes horários e o retorno para o nosso patrocinador foi monstruoso. Sem querer ofender, mas é muito mais rentável do que patrocinar uma terceira divisão do campeonato mineiro de futebol", salientou.

Fonte: JM Online

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